Friday, November 24, 2006

Biocombustível para São paulo!!

Biocombustível Para os Ônibus em São Paulo

A Petrobrás assinou no mês passado, em São Paulo, um contrato de fornecimento de biocombustível para os ônibus urbanos da capital. O acordo foi fechado entre a Petrobrás Distribuidora e o consórcio Plus, representado pela B100 Participações e pela Viação Itaim Paulista, que tem maior frota de transporte coletivo e indústria de carroceria do país.

Num primeiro momento, cerca de dois mil ônibus que circulam na capital serão abastecidos com a mistura biocombustível B30, o que deve contribuir para a redução da poluição na cidade.

O B30 é uma mistura constituída por 30% de biodiesel, 8% de álcool e 62% de diesel, tendo como matérias-primas básicas óleos vegetais e cana-de-açúcar. O seu uso, ainda em caráter experimental, foi autorizado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP).

De acordo com o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, a expectativa é de que o biodiesel seja levado em breve para outros estados. “Nós temos esperança muito grande de que este seja o paradigma. São Paulo já é o paradigma para o resto do país na questão da utilização do combustível”, afirmou em entrevista aos jornalistas, antes de dar uma volta pelo Terminal de São Paulo num ônibus da Viação Itaim Paulista, movido pelo novo combustível.

Para Rondeau, trata-se de um combustível mais limpo. “Ele polui menos e melhora a qualidade de vida das pessoas que moram em centros urbanos muito densos, como é o caso de São Paulo”.


Retirada pela Fonte: Agência Brasil – Abr
Rogério Carvalho.

Tuesday, November 14, 2006

Biomassa

11/11/2006 - Entrevista com José Goldemberg no Globo Ecologia.


Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo


Professor José Goldemberg, secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo e Presidente do Conselho Consultivo do CENBIO.
Paulo Henrique Rodrigues
repórter do Globo Ecologia

Especialista em energia, o secretário de Meio Ambiente do Estado de São Paulo, José Goldemberg, reflete sobre o dilema energético brasileiro: evitar um outro “apagão” sem romper os limites ambientais. Nesta entrevista, ele aponta as energias limpas como alterntivas viáveis.

O ex-ministro foi entrevistado pelo Globo Ecologia. Além de trecho da entrevista com Goldemberg, o programa mostra a geração de energia a partir do gás metano emitido pelo Aterro Bandeirantes e a tecnologia desenvolvida por alunos do Programa Interunidades de Pós-Graduação em Energia da Universidade de São Paulo (PIPGE – USP) para transformar o biogás de estações de tratamento de esgoto em energia elétrica.

O Globo Ecologia sobre “Novas Energias” foi ao ar neste sábado, dia 11, às 7h*, na Rede Globo, e às 22h30min*, no Canal Futura.

Apagão

Uma das razões pelas quais o “apagão” atingiu São Paulo, em 2001, de uma maneira muito séria, é porque faltavam linhas de transmissão adequadas que trouxessem energia do Sul ou do Norte. Se essas linhas fossem instaladas a tempo, os efeitos aqui, em São Paulo, seriam menores. São Paulo não é independente na produção de energia elétrica.

Eu acredito que, se não forem construídas mais hidrelétricas no Brasil, nós vamos acabar tendo problemas. Essa idéia de concluir Angra 3 ou instalar reatores nucleares no Nordeste não é uma solução para o problema. Qualquer atividade na área nuclear vai levar oito, dez ou quinze anos. É uma coisa para o futuro. A solução agora é acelerar os projetos de energia hidrelétrica. E isso passa pelo rio Madeira. Os problemas no Rio madeira são controvertidos porque os projetos iniciais não tinham em conta os problemas ambientais. E isto tem que melhorar.

Aquecimento global

O Brasil é o quarto emissor de gases do efeito estufa (EUA, China e Indonésia lideram). Não por causa da sua matriz energética, não por causa da energia que ele consome. A origem é o desmatamento da Amazônia. O sistema industrial brasileiro, todas as atividades de comércio, indústria e serviço no Brasil, emite 80 milhões de toneladas de carbono por ano. E o desmatamento da Amazônia emite três vezes mais que isso. Este é o problema brasileiro no que se refere a gases de efeito estufa. E isso, realmente, precisa mudar. É preciso reduzir dramaticamente o desmatamento na Amazônia. Está ocorrendo uma certa redução, mas não é por ação estrutural. É porque a soja caiu de preço e, portanto, a expansão da fronteira agrícola está diminuindo. As reduções que estão ocorrendo são transitórias. Se o preço da soja subir no mercado internacional, vai aumentar o desmatamento.

Biocombustíveis

O álcool vem da cana-de-açúcar, que, de fato, é uma monocultura, cobrindo hoje, no Brasil todo, cerca de 5% da área que é usada para a agricultura. São apenas 5%. Existem outras monoculturas que ocupam áreas muito maiores. A soja também é uma monocultura e ocupa uma área muito maior. A plantação de café também. E a de laranja também. De modo que as pessoas se preocupam com o etanol e a cana-de-açúcar porque este tipo de cultura está em expansão. Mas a área ocupada pela cana de açúcar ainda não é significante. Não é algo que, realmente, pese muito na utilização de terra no Brasil. Mesmo a expansão que está ocorrendo no Estado de São Paulo, da cultura da cana, não cria problemas muito sérios em relação à biodiversidade, que é a grande preocupação das monoculturas.

Biodiesel

O biodiesel é feito a partir da soja, da mamona e de alguns outros produtos que crescem no Nordeste. É atraente porque geraria empregos no Nordeste. E o governo tem feito esforços neste sentido. Mas o esforço que o governo está fazendo vale mais como um programa de agricultura familiar do que de energia. A produção de biodiesel no Brasil é muito pequena ainda e existem sérias questões técnicas. Por exemplo, como coletar o óleo diesel produzido por milhares de produtores? Porque o biodiesel é produzido em pequenas unidades. O etanol, que é produzido em grandes fazendas cobertas de cana, tem o problema da monocultura. Mas, em compensação, é fácil de reunir o etanol e produzir grandes quantidades. No caso do biodiesel, ainda há um problema de logística, que vai acabar tornando o custo muito elevado. Os problemas não foram resolvidos ainda, apesar dos aspectos sociais positivos do programa. No fundo, este biocombustível vai ser como leite. Nas fazendas de Minas Gerais, cada uma produz 200 litros de leite, 500 litros de leite, um caminhão coleta a produção. Este tipo de esquema vai ter que ser montado para o biodiesel.

Biomassa

A biomassa está sendo utilizada no Brasil basicamente de duas maneiras, uma delas é usando o bagaço da cana-de-açúcar, a sobra da produção do álcool, para gerar eletricidade. E está indo muito bem. São programas que estão sendo adotados por, praticamente, todos os usineiros do Brasil, principalmente, os do Estado de São Paulo. E a produção de eletricidade do bagaço é uma energia renovável, na direção correta.

Outra forma de utilizar a biomassa no Brasil são os aterros sanitários. Cada brasileiro produz diariamente um quilo de lixo. A matéria orgânica emite gás metano, e metano é como se fosse gás de cozinha. É um excelente gás e ele pode ser queimado para gerar eletricidade. São dois exemplos que podem ser multiplicados em todo o país. Há aterros sanitários em todo lugar.

Energia solar

Há um projeto de lei na Câmara Municipal de São Paulo que está sendo discutido. Ele pode tornar obrigatória a instalação de coletores solares, que é a solução. A única maneira de introduzir coletores solares em grande escala é torná-los obrigatórios. Isso é o que foi feito em Israel. Alguém que vá a Israel fica impressionado pelo fato de todas as casas terem coletor solar. Por que uma casa não obtém licença da prefeitura se ela não tiver o coletor solar? Brasília e Belo Horizonte já têm muitos coletores.

Matriz energética

A produção de energia no Brasil é, em grande parte, renovável. Nossa eletricidade vem de usinas hidrelétricas, que não emitem gases de efeito estufa. É claro que usamos petróleo, que emite gases de efeito estufa, um problema sério, mas o Brasil, no caso de derivados de petróleo tem um grande programa, que é o etanol da cana-de-açúcar. É uma energia renovável. No total, a matriz energética brasileira é muito limpa.

É preciso investir mais em hidrelétricas, continuar o programa do álcool e começar a usar fontes energias renováveis como o gás metano emitido por aterros sanitários e estações de tratamento de esgoto.

Matéria reproduzida sobre a entrevista do Globo Ecologia
Rogerio Carvalho.

Saturday, November 04, 2006

Nosso futuro comum

Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento

NOSSO FUTURO COMUM


DA TERRA AO MUNDO

Visão panorâmica da Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente Desenvolvimento

Na metade do século passado o ser humano deu um grande salto e pela primeira vez se viu no espaço e também pode notar que a Terra era um planeta frágil e totalmente dominado pela ação do homem. A tecnologia deu ao homem uma velocidade em criar e produzir, mas também a entender e estudar a Terra como um Macro organismo.
Esta comissão criada pela ONU acredita em um futuro mais próspero e este relatório não tem uma visão fatalista que norteia o planeta e sim numa nova era de crescimento econômico com a conservação e expansão dos recursos naturais.
Esta esperança esta ligada a uma ação política decisiva visando administraros recursos naturais assegurando o progresso da humanidade, não tendo uma visão futurista de prever e sim de informar sobre as necessidades de garantir os recursos para o sustento das próximas gerações.

O DESAFIO GLOBAL

1.1 Êxitos e Fracassos

Com o avanço da tecnologia e estudos o homem acumulou conhecimentos e trouxe benefícios e os sinais positivos são visíveis, como a queda da mortalidade infantil a expectativa de vida, a alfabetização de adultos no mundo e a produção global de alimentos.
Mas como tudo tem seu preço, este avanço trouxe tendências que o planeta e seus habitantes não podem suportar por muito tempo, o chamado desenvolvimento trouxe claramente em termos absolutos um aumento de famintos no mundo. O capitalismo nos deixou um fosso entre nações ricas e pobres, dando poucas expectativas que este quadro se inverta.
As transformações estão ocorrendo, modificando radicalmente o planeta, ameaçando as espécies de vida, incluindo a espécie humana.
Chuvas acidas, desertificações, terras inférteis para a produção agrícolas vêem crescendo, sem esperanças de recuperações. Os políticos e seus governos estão se conscientizando que não há a possibilidade de se separar o desenvolvimento econômico das questões ambientais.
A pobreza é uma das principais causas dos problemas ambientais no planeta, tais problemas levaram a ONU a criar em 1983 a Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento.
Esta comissão visa reexaminar as questões relativas ao meio ambiente e formular propostas para melhorias; propor novas alternativas de cooperações internacionais
e dar aos indivíduos, governos e instituições, compreensão necessária, incentivando-os a uma atuação mais firme e positiva.
Sendo uma Comissão independente ela acabou se concentrando em um tema fundamental: A tendência de desenvolvimento resulta num crescimento da pobreza e na vulnerabilidade, causando danos ao Meio Ambiente. Esta percepção causou uma nova visão sobre o chamado desenvolvimento ; Assim o desenvolvimento sustentável é um objetivo a ser alcançado por todos os Países.


1.2 As crises que se interligam

Já não faz tanto tempo assim, as atividades estavam , segundo nossa concepção dividida em setores com interesses diversos, atualmente este conceito foi disperso, dando lugar às chamadas crises.
Estas crises tornaram- se de interesses globais, pois não estão isoladas, tornando-se uma única crise. A forma crescente da economia fez a produção aumentar de forma assustadora nos últimos anos transformando a biosfera.
O crescimento trouxe uma aceleração do consumo dos recursos naturais da natureza, acredita-se que a nova tecnologia possibilitara a desaceleração da utilização dos recursos, pois os mesmos são finitos.
A preocupação deste novo milênio está centrada no impacto do desgaste ecológica, pois o global atinge diretamente o local, agora os ciclos localizados passam ao plano nacional e regional. A imigração por falta de recursos atualmente é um fato, e certamente o crescimento da área urbana esta há níveis assustadores.
Em Países em desenvolvimento as relações econômicas constituem em um problema para a administração do meio ambiente e a crise do sistema econômico torna-se global.
Nos Países em desenvolvimento que para pagar suas dividas dependem da venda de produtos primários para sobreviver, mesmos sabendo da difícil situação, Países em desenvolvimento ainda gastam com material bélico, armando seus exércitos.
Muitas formas de manter o chamado progresso humano são investimentos infrutíferos o qual as futuras gerações com certeza irão reclamar.


1.3 Desenvolvimento Sustentável.

O conceito de desenvolvimento sustentável tem limites, não absolutos, mas existentes.
A comissão entende que para haver um desenvolvimento sustentável tem de atender as necessidades básicas de todas as populações, aspirando uma vida melhor.
Para haver um equilíbrio é preciso que os ricos adotem um novo estilo de vida, visando os recursos ecológicos do planeta e também a condição do aumento da população que aumenta o fator de consumo.
O desenvolvimento sustentável tem de estar em sintonia com as necessidades atuais e futuras, dependendo de um empenho político.






1.4 As Lacunas Institucionais

É forte a relutância dos governos em aceitar as rápidas mudanças e as transformações a qual o meio ambiente ocorre.
Estes novos desafios são interdependentes, exigindo a participação popular, mas as responsáveis pela administração dos recursos naturais ,são desvinculadas das que administram a economia, tornando- se necessária à cooperação de instituições internacionais.
Um grande desafio é dos governos é fazer com que as instituições façam e reconheçam a deterioração do meio ambiente, e com isso tomem medidas cabíveis para evitar tal problema. Pressionados pelos cidadãos os governos criaram órgãos, ministérios ambientais, concentrando- se nos estragos já existentes e incapazes de cuidar dos problemas sozinhos.
Atualmente o desafio é que diversos ministérios assumam a responsabilidade pela suas decisões e dar mais poder aos órgãos ambientais.
Para se evitar é preciso prever os danos ambientais levando em conta vários aspectos, sendo um dos desafios institucionais deste novo milênio.


2 AS DIRETRIZES DE POLÍTICA

A atenção da comissão se concentrou em alguns itens por entender que elas se interligam entre si e não podem ser tratados isoladamente.


2.1 População e Recursos Humanos

Em várias partes do mundo a população vem crescendo mais do que os seus recursos naturais podem suportar, eliminando o problema generalizado do problema, garantindo um acesso justo aos recursos.
São necessárias medidas urgentes para conter o aumento populacional e também a educação para poderem planejar e escolher o tamanho de suas famílias.
Se o mundo partilhar conhecimento, haverá melhor entendimento para partilhar os recursos globais.
Os povos tribais trabalham melhor a questão do desenvolvimento sustentável, uma vez que lidam de forma mais intima e com respeito às questões ambientais.








2.2 Segurança Alimentar: manter o potencial

Um numero cada vez maior da população, não está tendo acesso à alimentação a produção mundial tem condições de alimentar a todos, mas não há alimento disponível onde é necessário.
Nos Países industrializados a alimentação tem sido subsidiada, há investimento na produção e na tecnologia para aumentar a oferta, o que já não acontece nos Países em desenvolvimento, falta de investimento na produção agrícola, precisando de incentivo mais eficazes para estimular a produção.
É preciso uma relação de troca para favorecer o pequeno agricultor, em suma a fome advem pela falta de poder aquisitivo da população.



2.3 Espécies e ecossistemas: recursos para o desenvolvimento

A base cientifica já alertou a humanidade sobre as espécies do planeta que estão correndo risco de desaparecerem, um número cada vez maior estão em extinção.
A diversidade das espécies se faz necessária para manter o equilíbrio do ecossistema e da biosfera, pois alem dos valores materiais, há também o valor ético, moral e cultural.
Os governos podem frear as destruições em massa e também desenvolve-las economicamente. O conjunto de áreas protegido deverá ser bem mais amplas, e os governos deveriam considerar a possibilidade de criar uma convenção das espécies, com princípios relativos aos recursos universais ou seja, um pensamento global.



2.4 Energia: opções para o meio ambiente e o desenvolvimento

Uma energia constante seria indispensável para o desenvolvimento sustentável, mas ainda é uma utopia e os Países em desenvolvimento consomem muito mais energia.
Uma nova era de crescimento econômico deve consumir menos energia que no passado, pois as aparelhagem modernas podem ser reformuladas para que caia o consumo, fornecendo o mesmo rendimento.
Após anos de pesquisa, a tecnologia do uso nuclear ampliou bastante, mas a natureza de seus riscos tornou-se mais evidentes.
Cabe apenas esperar que o mundo reformule alternativas para diminuir o consumo com base nas fontes renováveis, mas para atingirmos esta meta é nec essário um programa e investimentos em pesquisas. Sabe-se que na atualidade o mundo necessita de grandes mudanças e que tais mudanças devem ocorrer mediante pressões do mercado.
Uma estratégica mudança será evidente e imperativa, mas com certeza dependerá de empenho político.






2.5 Industria: com menos, produzir mais


A produção vem acelerando de forma assustadora, considerando o crescimento populacional a produção de manufaturados cresce progressivamente.
A tecnologia tem sido eficiente na função de custos, mantendo estável o uso da matéria prima e os Países em desenvolvimento não estão disponibilizando de recursos nem de tempo pois a tecnologia se transforma com muita rapidez.
As novas tecnologias prometem maior produtividade e menor poluição e o controle de rejeitos tendem a ser mais rigorosos.



2.6 O desafio urbano


O mundo do século XXI será de predominantemente urbano, e os Países em desenvolvimento precisam aumentar suas capacidades de proporcionar infra-estrutura, serviços para manter as condições atuais que já estão precárias.
Poucos governos dispõem de recursos necessários para uma boa qualidade de vida, e o resultado é a proliferação de assentamentos ilegais, populações em crescimento e um aumento de doenças.
Os governos terão de formular o processo de urbanização, desafogar as grandes metrópoles, integrando-as as cidades interioranas, descentralizando a administração dos recursos. O envolvimento das populações e das comunidades será de vital importância para o êxito deste desafio.



3. COOPERAÇÃO INTERNACIONAL E REFORMA DAS INSTITUIÇÕES


3.1 O papel da economia internacional

Para se estabilizar a economia é necessária uma maior responsabilidade do banco mundial , já que este constitui no principal canal financeiro multilateral.
A divida dos Países em desenvolvimento, não coaduna com o desenvolvimento sustentável, sendo obrigados a recorrer a excedentes comerciais para pagar só serviços de suas dividas, explorando em excesso seus recursos naturais.
É necessário um aperfeiçoamento nos acordos dos serviços básicos e também um serviço diversificado de produtos. As empresas multinacionais são de vital importância para o desenvolvimento sustentável, pois os Países em desenvolvimento ac abam por depender economicamente do capital social destas empresas.





3.2 Administrando os bens comuns

As formas tradicionais de administração, conflitam com os bens comuns do globo, os oceanos estão sendo explorados de forma desordenada, assim como a órbita do planeta.
A comunidade internacional deveria por em prática e elaborar um regime especial de controle espacial e outro ponto importante é a Antártida que é submetida a um tratado desde 1959, mas muitas nações não participam de suas explorações e estudos.



3.3 Paz, segurança., desenvolvimento e o meio ambiente


O eminente perigo da guerra nuclear hoje se tornou um fato, não há limites para a insegurança do ponto de vista ambiental. O que se pode fazer é melhorara as relações entre as grandes potencias, uma vez que ainda na atualidade se faz mais testes nucleares do que outrora.
É preciso brecar os testes que se coloca como uma potente arma que ainda provoca a destruição em massa.


3.4 Mudança institucional e legal

As principais propostas estão contidas em seis áreas prioritárias, o qual a comissão sobre o meio ambiente coloca em seu relatório em especial no capítulo 12, com recomendações especificas.


3.4.1 Chegando às fontes


Esta chegando o momento das nações se responsabilizarem por programas que apóiem o desenvolvimento sustentável, devendo apoiar e cooperar os organismos internacionais bem como constituir núcleos dentro da ONU .


3.4.2 Lidando com as fontes


As nações devem criar e capacitar suas instituições de proteção ao meio ambiente, porém os Países em desenvolvimento precisarão de assistência e de administração de recursos.
O PNUMA já que é a principal fonte de dados sobre o meio ambiente.




3.4.3 Avaliando os riscos globais

A capacidade de se identificar os riscos globais devem ser ampliados e o0s governos são os principais responsáveis e o programa de vigilância do PNUMA é o principal sistema de avaliação de riscos da ONU.


3.4.4 Fazendo as opções conscientes


As opções necessárias deverão ter a opinião do público bem informado das Ong’s , industrias e da comunidade científica. Suas participações e funções nos planejamentos são de suma importância.


3.4.5 Providenciando os meios legais


O impacto acelerado sobre o meio ambiente, defasa o direito nacional e a tomada de decisões, por isso os governos devem preencher esta lacuna e buscar melhorias para proteger as futuras gerações a declaração universal sobre o meio ambiente visa aperfeiçoar os mecanismos de defesa e solucionar as questões relativas ao assunto.


3.4.6 Investindo em nosso futuro


Muito se investiu para demonstrar a eficiência na luta contra a poluição do meio ambiente, pois o prejuízo é claro e crescente. O banco mundial está incluindo os financiamentos sobre o meio ambiente, se comprometendo com o desenvolvimento sustentável.


4. APELO Á AÇÃO

A relação entre o homem e o meio ambiente vem se transformando ao longo dos anos, estas mudanças inesperadas vem suplantando os conhecimentos científicos.
E o mais preocupante é que este problema não se reduz a um único País somente.
Países em desenvolvimento e suas ações são duramente castigadas as extinções de vidas acarretam um grau de desequilíbrio na natureza. Os Países industrializados lançam produtos tóxicos na atmosfera que reagem em contato com a camada de ozônio.
É fato que devemos romper com o passado e a estabilidade deve ser buscada com as mudanças. A Comissão sobre o Meio Ambiente relacionou uma série de ações para minimizar os impactos sobre a natureza, sempre baseada nas instituições atuais para que as futuras gerações possam desfrutar de um mundo melhor.

Referência:


COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO

Comissão:
Presidente : Gro Harlem Brundtland (Noruega)
Vice Presidente: Mansour Khalid (Sudão)

Texto: NOSSO FUTURO COMUM
Editora da Fundação Getulio Vargas – FGV
Rio de Janeiro, RJ – 1991.
2 Edição – pg 01 a 26.




Comentários:

O referido texto serve como suporte para nortear e abrir o tema em questão, pois os pontos abordados são de interesse geral. Os autores abordam os diversos temas de modo muito simplista, colocando os problemas globais, em sua maioria , única e exclusiva dos Países em desenvolvimento.
Os grandes vilões da história, são os problemas econômicos, fruto do capitalismo e também os Países já industrializados que consomem os produtos manufaturados dos Países em desenvolvimento. Certamente a superpopulação e a condição de vida dos Países subdesenvolvidos, torna-se um problema nos tantos já descritos e cientes no âmbito global.
A elite dominante do planeta não esta interessada de certa forma em resolver os diversos problemas que acarretam e prejudicam o meio ambiente. O modelo econômico vigente, certamente não resolverá o problema da questão ambiental global, pois os interesses estão sempre voltados a se adquirir de maneira sistemática e compulsiva. Devemos com certeza
rever nossa postura diante do modo de vida empregado no cotidiano. Certamente o consumo permanecerá, mas já esta sendo dado o recado que os níveis de degradação estão insustentáveis no quadro mundial e o pior é que a degradação não escolhe , entre ricos e pobres, unificando os problemas em uma única existência.
È o que posso chamar de lei de causas e efeito, o que eu faço neste exato momento vai refletir no futuro.

Politica Ambiental no Brasil

Resumo sobre a politica ambiental no Brasil em sua formação


Síntese do Texto:

Existe uma deficiência dramática no forma em que tratamos a natureza, com diferenças políticas e sociais extremas.
Os conceitos de equilíbrio e capacidade de sustentação são fundamentais para entender a situação ambiental no Brasil. Para se e tender a escassez de recursos, deve-se também tentar entender o processo social através dela. Esta desordem ecológica tem sido relacionada ao uso dos recursos naturais sem precedentes na história ao longo dos tempos.
O limite de reivindicação não deve ter como base à idéia de equilíbrio e sim a noção de capacidade de sustentação.
As atividades humanas tendem a simplificar o ecossistema e sua atividade e uma consciência ecológica conduz ao reconhecimento de que toda a atividade humana conduz a um custo ecológico a ela vinculado.
- As dimensões da desordem ecológica na realidade Brasileira.
O pensamento Brasileiro através de três dimensões da desordem ecológica:
1) Hierarquia
2) Paternalismo
3) Repressão e Autoritarismo.

O Primeiro refere-se ao processo da formação social no Brasil, sendo também extremamente formalista com regras e regulamentos mais importantes que fatos que conduz à prática clientelistas.
A hierarquia da igreja e burocracia estatal são predominantes mesmo com domínio militar e a presença do patrimonialismo no desenvolvimento político Brasileiro no controle social, permanecendo acima das classes sociais.
O Brasil transformou-se de uma sociedade agrária e mercantil dos tempos coloniais em uma das mais avançadas sociedades industriais e capitalistas do terceiro mundo, mas sua formação social dificilmente perderá sua casta patrimonial, reforçando sua característica autoritária, resultando numa sociedade onde prima à distribuição de privilégios.
O regime militar instalado no Brasil depois de 1964 representa uma aliança da burguesia financeira e industrial com interesses multinacionais e o que tornou isso possível foi à existência de uma tecnocracia tanta civil como militar.

Os Posicionamentos do Governo Brasileiro diante da questão ambiental
O governo Brasileiro tem seu ponto de partida nas questões ambientais na conferencia das nações unidas sobre meio ambiente em Estocolmo 1972.
A acelerada industrialização e urbanização somada com o nível crescente da população aliada ao rápido esgotamento dos recursos naturais causavam um desconforto nos países desenvolvidos.
Os posicionamentos do governo Brasileiros foram bastante claros, defendendo que o crescimento econômico não deveria ser sacrificado em nome de um ambiente mais puro. Reconhecendo a ameaça da poluição ambiental, sugerindo que os países desenvolvidos deveriam pagar pelos esforços dessa purificação.
A soberania nacional não poderia ser sujeitada em nome de “Interesses ambientais mal definidos”.
O político burocrático relacionado às políticas ambientais pode ser abordado através da analise da secretária especial de meio ambiente (SEMA) e sua criação em 1971.
O SEMA foi à resposta a uma situação emergencial, vindo a criar mais tarde um efeito duradouro em seu propósito. Nesse contexto a questão crucial se transforma em como administrar bem os conflitos, dificultando a maneira pela qual se inicia a cooperação entre os indivíduos de uma espécie.
O rápido crescimento econômico tem prioridade sobre a conservação, o conflito criado em torno da qualidade ambiental pode ser delineado na formação de duas dimensões de condutas.
Investindo em politização de carências Transformando-as através de ação mobilizatórias, com possibilidades objetivas de reprodução da vida coletiva.
Em outro sentido, deliberadamente ou não se investiu na politização de um estigma do grande poluidor devastador, estampado no imaginário político da década, sendo incorporado no discurso político do estado. A visão positivista militar desintegrou-se no próprio seio das forças armadas, havendo uma socialização dos ônus, dos prejuízos e a privatização dos lucros advindos desse processo desencadeado antes de 1964.
Atualmente a escola superior de guerra recomenda que se tratem as
Organizações não governamentais ambientalistas com objetivos nacionais estratégicos. Nessa perspectiva, as entidades ambientalistas são tão perigosos quanto os grupos de narcotraficantes e como tal devem ser convertidas em alvos de guerras(ESG1990).
Depois de enfrentar um primeiro momento de perplexidade, talvez pressionado pela conferência mundial do meio ambiente 1992, fez uma difícil constatação, a sociedade civil esta entendendo a duras penas as contradições entre o oficial e o “oficialesco”.

Referência: In Ferreira L e Vila E (org).Incertezas da Sustentabilidade na Globalização.
Campinas: Editora Unicamp; 1996. Pg.77 a 87.

Comentários: O texto retrata com muita propriedade a evolução das questões ambientais no Brasil, aliada ao processo Socioeconômico e a elite dominante.
Sendo abordada a questão da transformação sem perder a condução colocando o posicionamento do Brasil no cenário mundial de uma forma bem clara.